Henrique Oliveira, nesta sexta-feira, 11 de dezembro, durante a posse da nova desembargadora do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a juíza Nélia Caminha Jorge. |
Expandir o acesso à justiça e reduzir o número de processos que aguardam julgamento são grandes desafios enfrentados pelo poder Judiciário no Amazonas, enfatizou o governador do Estado em exercício, Henrique Oliveira, nesta sexta-feira, 11 de dezembro, durante a posse da nova desembargadora do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a juíza Nélia Caminha Jorge. A cerimônia presidida pela presidente do órgão, desembargadora Graça Figueiredo, ocorreu na sede do Tribunal, localizada na zona centro-sul de Manaus, com a presença de autoridades do legislativo e judiciário local.
Henrique Oliveira disse que o cenário de crise política e ética no país tem respingado na imagem de todos os poderes, incluindo o Judiciário, e que o momento exige fortalecimento e ações para recuperar a confiança da população. Para o governador em exercício, a justiça surge como uma luz no fim do túnel para ajudar a manter e restabelecer a ordem nacional, punindo corruptos e ajudando na recuperação da credibilidade do país.
Um ponto em que o poder judiciário precisa avançar, segundo Henrique Oliveira, é na redução da fila de processos que aguardam julgamento, estimado em algo em torno de 100 milhões de processos em todo o Brasil, conforme números da Associação de Magistrados Brasileiros. Ele citou o jurista brasileiro Ruy Barbosa para enfatizar a importância de acelerar os procedimentos. "A justiça atrasada não é justiça", resumiu ao citar o jurista, ressaltando iniciativas nesse caminho como a semana de conciliação.
"É um momento de coroação na vida pública dessa juíza. É de se festejar e torcer para que dê certo nessa nova missão em um Estado que tem mais de 900 mil processos em atraso para julgamento, e que precisam ser julgados para que se faça justiça a quem tem sede de justiça", destacou.
A juíza de direito titular da 6ª Vara Cível e atual juíza auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça, Nélia Caminha Jorge, chega ao mais alto posto da carreira eleita desembargadora com 16 votos dos magistrados da corte, no dia 1º de dezembro, durante a Sessão do Pleno na sede do Poder Judiciário do Estado. O ingresso da nova desembargadora ocorreu no início do mês.
A votação ocorreu de forma aberta, com os números divulgados simultaneamente e expostos em dois telões, nos quais os presentes puderam conferir as notas dadas pelos desembargadores do TJAM aos magistrados concorrentes. A magistrada possui 26 anos de carreira, ocupará a vaga do desembargador Rafael Romano e vai atuar na área criminal. A presidente do TJAM reafirmou o compromisso do poder em melhorar o acesso à justiça e disse que a nova desembargadora entra para somar no trabalho da corte. Ela explicou o processo de ascensão ao cargo.
"Temos uma carreira, independente dos colegas que vêm do quinto constitucional e da classe dos advogados e do ministério público, temos uma carreira que o juiz ingressa, começa pelo interior, fica lá um tempo e é promovido para a capital. E depois de algum tempo pela lista de antiguidade ou merecimento ele é guinado ao segundo grau", relatou Graça Figueiredo.
Durante seu discurso de posse, Nélia Caminha defendeu a independência do poder judiciário e disse que estará empenhada na aplicação rigorosa da lei em prol da sociedade. "O juiz é efetivamente o agente de construtor das liberdades da nossa nação", disse. "Não há sociedade forte sem justiça independente", acrescentou a nova desembargadora.
Fotos: Valdo Leão/Secom
Nenhum comentário:
Postar um comentário