Amazonas | Brasil
O deputado estadual Augusto Ferraz (DEM) em visita realizada na quarta-feira (20), a microprodutores, da zona rural de Manaus, constatou a falta de empenho e credibilidade de técnicos do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) em não efetivar medidas corretas para que esses empreendedores prosperem em seus empreendimentos, o que para ele é um grande absurdo.
“Estão realizando financiamentos e não fazem um estudo socioeconômico para saber da viabilidade da plantação, local adequado e possibilidade real de escoamento”.
Ferraz explicou que esteve num assentamento onde os agricultores trabalhavam o plantio em suas áreas de terra no sistema de agricultura familiar. “Eles receberam a visita de técnicos do Idam com proposta de elaboração de projetos para conseguir recursos em dinheiro oriundo da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), dinheiro esse que com o passar dos anos iria prejudicar o próprio produtor”, revelou Ferraz.
De acordo com o deputado ele constatou com um agricultor local que o Idam fez um projeto e ele conseguiu um financiamento junto à Afeam de R$ 14 mil, mas que ele (o deputado) tinha certeza que essa pessoa, desse dinheiro, deve ter pego apenas uns R$ 10 mil. “Hoje esse agricultor está preocupado em como vai pagar esse financiamento se ele não tem como plantar devido a inexistência de sementes e, o pior, não tem como escoar, se tivesse produção, devido a falta de estradas. A dificuldade no local é terrível em todos os sentidos”.
Ferraz assinalou que o Idam está criando um grande desconforto econômico dentro do Estado, pois estão repassando dinheiro e não há nenhuma instrução de como utilizar corretamente esses recursos. “O agricultor revelou que, para ele, R$ 6 mil seriam suficientes para atender suas necessidades que era o plantio de apenas duas leras de verduras com coentro, chicória, cheiro-verde, cebola, dentre outras. Contudo, repassam valor maior que ao invés de ajudar mais tarde vai é prejudicá-lo deixando-o inadimplente e com nome sujo junto à instituição porque ele não vai ter como pagar o financiamento feito”, observou.
Absurdo
De acordo com o deputado o que vem sendo feito pelo Idam é um absurdo. “São projetos maléficos apresentados por técnicos da instituição, a meu ver, despreparados e desprovidos de conhecimentos técnicos para levar para essas pessoas humildes que trabalham no campo. Os técnicos do Idam são contratados para levar oportunidades e não para prejudicá-los”, observou Ferraz afirmando que antes de aprovar o financiamento deveria ser feito um estudo socioeconômico sobre a viabilidade do investimento, pois hoje o atravessador ganha mais do que o produtor.
Em aparte o deputado Wilker Barreto (PHS) elogiou a postura do deputado Ferraz em relação ao tema afirmando que apesar de todas as mazelas que estão acontecendo no governo, está Casa não podia perder o foco que era a de discutir as questões envolvendo a política econômica. “Estou me irmanando à sua luta e afirmo que a Comissão de Indústria, Comércio e Zona Franca, precisa estar ao lado à sua Comissão, pois a realidade é que o Amazonas hoje perde para ele mesmo e enrica outros estados. Quero ver aqui a cadeia de alimentos que é uma cadeia secundária proveniente de um Estado que possui uma grande arrecadação proveniente do modelo econômico Zona Franca de Manaus (ZFM). Sinto-me mal quando ouço correntes econômicas dizer que a ZFM deve acabar e que o Amazonas deve sobreviver de outras matrizes”.
São comentários sem fundamentos, basta olharmos para o Estado do Pará e procurarmos saber qual a sua matriz econômica.
O deputado Augusto Ferraz teceu comentário elogioso sobre o trabalho que a Eletrobras Amazonas Energia está efetivando para solucionar o colapso de energia nos municípios de Manacapuru e Iranduba. Ele completou afirmando que os serviços devem estar concluídos dentro dos próximos vinte dias.
Finalizando, Ferraz foi enfático ao deixou claro que era totalmente contra a proposta do Governo do Estado em repassar R$ 3 mil para presos que estavam deixando o sistema prisional para iniciar um peque negócio. Para o deputado, além de ser um valor ínfimo que não dá para nada, o governo estaria apenas jogando dinheiro pelo ralo sendo mais uma enganação para a população. “Gostaria de saber quem que recebeu esse benefício no passado que tenha realizado um grande negócio que tenha mudado sua vida. Esse dinheiro no cenário econômico que vivenciamos não resolve o problema de ninguém”, assinalou o deputado.
Fonte: Diretoria de Comunicação da ALEAM
Foto: Divulgação/ALEAM
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