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Governador José Melo reúne prefeitos do interior do Amazonas para apresentar cenário econômico do Estado e discutir prioridades de investimento

"Quero juntos, governo e prefeitos, encontrar mecanismos para que a gente possa estabelecer prioridades e dentro delas trabalhar em conjunto. A crise é aguda, se agrava cada vez mais. É uma crise do país e, portanto, atinge os Estados, os Municípios, as pessoas.

O governador do Amazonas, José Melo, se reuniu quinta-feira, 22 de outubro, com prefeitos de municípios do interior do Estado para apresentar o cenário econômico do Estado e discutir prioridades de investimentos em conjunto para o ano que vem. A reunião ocorreu no Centro de Convenções Vasco Vasques, na zona centro-sul de Manaus.
José Melo afirmou que o objetivo do encontro com os prefeitos é estabelecer prioridades para investimentos e a necessidade de adotar medidas em conjunto com as prefeituras. Com o agravamento da crise no País, política e econômica, o Governo do Estado espera, com a reunião, se antecipar para enfrentar o cenário de recessão em 2016, indicado por especialistas.

"Quero juntos, governo e prefeitos, encontrar mecanismos para que a gente possa estabelecer prioridades e dentro delas trabalhar em conjunto. A crise é aguda, se agrava cada vez mais. É uma crise do país e, portanto, atinge os Estados, os Municípios, as pessoas. Eu já fiz duas reformas para que a gente não quebrasse o Estado. Mas agora preciso passar para os prefeitos a real gravidade e para que eles também possam tomar decisões de prioridades", ressaltou o governador.
Secretários de governo também estão participando da reunião. O encontro tem a presença de 56 prefeitos do interior. Apenas os prefeitos de Humaitá, Ipixuna, Lábrea, Manacapuru e Tapauá não compareceram.
Secretários de governo também estão participando da reunião. O encontro tem a presença de 56 prefeitos do interior. Apenas os prefeitos de Humaitá, Ipixuna, Lábrea, Manacapuru e Tapauá não compareceram.
O governador afirmou, ainda, que a situação de cada município será avaliada em particular e as ações que estão em andamento terão continuidade a partir do que está planejado. "Se há uma escola de tempo integral em obras e já está empenhada, vamos seguir. Se há projeto, vamos avaliar o que fazer, quando será possível iniciar aquela obra. Essencial será não deixar de lado os serviços prioritários".
Em entrevista à imprensa antes da reunião, José Melo disse que enfrentou o desafio de ter investimentos menores, mas manter os serviços e garantir o pagamento da folha. Desde o início do ano, o Governo tem reduzido custos. Em março, foi implantada a primeira reforma governamental, que diminuiu cargos comissionados, secretarias, reduziu valores de convênios, projetando economia de R$ 700 milhões. Em outubro, José Melo aprovou a segunda fase da reestruturação, com nova meta de cortes de mais R$ 500 milhões. Entre outras medidas, como fusão de secretarias, José Melo reduziu em 10% o próprio salário, o do vice-governador Henrique Oliveira, e dos secretários do governo.
"Dezessete Estados brasileiros estão tendo dificuldades para pagar a folha de pessoal. Fizemos o sacrifício de ter poucos investimentos, mas não cortar salários e manter a folha em dia, e garantir a continuidade dos serviços em diversas áreas, como saúde, educação e segurança", frisou o governador.
Sobre o aumento de gastos com pessoal, José Melo acrescentou: "A lei de responsabilidade fiscal impõe decisões que estão além da vontade. Como já ultrapassamos o limite prudencial da legislação, estou impedido na condição de governador de praticar qualquer ato que venha a aumentar a folha", disse.
Fotos: Valdo Leão/Secom

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