Médica Regina Sodré, coordenadora da UTI Neonatal da Unimed foi homenageada pela coordenação do método no Estado, durante o “Novembro Roxo”, mês dedicado à prematuridade
Samuel chegou ao mundo com pouco mais de um quilo e meio de peso, a mamãe Ana Luiza Noronha, ainda estava com 31 semanas e seis dias de gravidez. Ele é um dos muitos bebês prematuros que nasceram na Maternidade Unimed Manaus e precisaram dos cuidados especiais da UTI Neonatal, “porque, com baixo peso, pele fina e respiração irregular, não conseguia sugar o peito da mãe e mamar bem, nem mesmo manter a própria temperatura”, explica a médica Regina Sodré, coordenadora do UTI Neonatal da Unimed Manaus.
A médica destaca que na Maternidade Unimed Manaus, toda mãe que tem o seu bebê prematuramente, recebe atendimento desde a internação hospitalar, preparando a mama para extração do leite que vai alimentar o seu bebê. “Contamos com uma equipe treinada de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoterapeuta e psicólogo para oferecer suporte ao bebê, à mãe e a família.
Um trabalho especializado e exitoso, que recebeu o reconhecimento da Coordenação do Método Canguru do estado Amazonas, no último dia 17 de novembro, Dia Mundial da Prematuridade. Uma data criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como parte do “Novembro Roxo”, para chamar a atenção para um problema que atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo.
No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 12% dos nascimentos no país, o dobro do índice de países europeus. No Amazonas, eles representam 7,9% dos nascidos no estado, e 9,1% dos nascidos em Manaus.
Família
Regina Sodré explica que o Método Canguru é um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e sua família, internado na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, voltado para o cuidado humanizado, que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial. Nele é estimulada a presença dos pais na unidade neonatal com o livre acesso e a participação nos cuidados com o filho. “É um atendimento individualizado, respeitando o sono e o estado comportamental do recém-nascido, o pai e a mãe são orientados a tocar o filho e a realizar a posição canguru precocemente”, destaca.
A médica desta a importância da participação da família. Segundo ela, a presença constante da mãe e do pai nas rotinas do tratamento dentro da maternidade e também no decorrer do crescimento do bebê, depois da alta, em casa.
“É uma luta incansável que se faz para o bebê recuperar o peso, a imunidade, para que ele fique bem, possa se desenvolver. Uma tarefa que só pode ser realizada com sucesso se houver a participação efetiva dos pais nos cuidados e, principalmente, na oferta ininterrupta do amor incondicional, que só eles podem dar”, afirma.
Uma orientação que os pais de Samuel, Ana Luiza e Jan Dennis seguiram à risca e compartilham a experiência com outros pais que passam pela mesma situação. “Foi uma situação difícil, mas que a gente conseguiu vencer e, o apoio da equipe da Maternidade Unimed Manaus foi fundamental”, conta Ana Luiza.
Ela e o marido Jan Dennis, aproveitaram a comemoração do “Novembro Roxo” e gravaram vídeo para publicação nas redes sociais pessoais, compartilhada nas redes sociais da Unimed Manaus. “Decidimos comemorar juntos essa vitória, com a equipe médica da Unimed, porque nós sabemos que todos os bebês que por aí passaram, não apenas o Samuel, tiveram o melhor tratamento possível, e estamos muito felizes e muito agradecidos e felizes, por todo esforço que vocês (equipe da UTI Neonatal da Unimed Manaus) empregaram e por terem aguentado a gente (pais). Foram momentos muito difíceis e reconhecemos a dedicação de vocês para lidarem com os pais”, fez questão de destacar o papai de Samuel, que em novembro completou três meses de vida.
“Não são apenas os bebês requerem cuidados quando ocorre o parto prematuro. Mães, pais e familiares também precisam de apoio para enfrentar esse momento, porque os sentimentos misturam medo, ansiedade e culpa, muito comuns durante o período de internação do bebê. As questões psicológicas de mães e pais de prematuros ficaram ainda mais exacerbadas com a pandemia da COVID-19 e as regras mais rígidas de visitação à UTI neonatal”, conta Regina Sodré, com o sentimento de dever cumprido, pelos agradecimentos dos pais de Samuel e, também, pela homenagem recebida da Coordenação do Método Canguru no Amazonas, entregue pela enfermeira Jerlyane Veras, no último dia 17 de novembro.
Método Canguru
O método canguru consiste em colocar o bebê em contato pele a pele com sua mãe ou com seu pai. Trata-se da atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso. Esse contato gradual e progressivo favorece o vínculo afetivo, a estabilidade térmica, o aleitamento materno e o desenvolvimento do bebê.
O Método Canguru é um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e sua família, internado na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, voltado para o cuidado humanizado, que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial. Nele é estimulada a presença dos pais na unidade neonatal com o livre acesso e a participação nos cuidados com o filho.
Os cuidados devem ser individualizados, respeitando o sono e o estado comportamental do recém-nascido. O pai e a mãe são orientados a tocar o filho e a realizar a posição canguru precocemente ainda em suporte respiratório como ventilação mecânica ou CPAP nasal, eles podem ser colocados em posição canguru.
“Toda essa rotina de hospital e frustração de expectativas com a chegada do bebê podem gerar muito desgaste psicológico. No atendimento humanizado, grupos de apoio e o trabalho de psicólogos e assistentes sociais são fundamentais para a saúde mental de familiares de bebês prematuros”, destaca a médica Regina Sodré, acrescentando que a equipe neonatal da Unimed Manaus participa, anualmente, de treinamento com os tutores do método e, continuamente, são realizadas rodas de conversas para atualização dos protocolos.
Regina Sodré lembra, ainda, que anualmente, desde 2013, a Unimed Manaus realiza uma programação especial no “Novembro Roxo”, uma confraternização com pais e bebês nascidos prematuros na maternidade, o que não pode ser realizado este ao, em decorrência da Pandemia.
Fonte: Assessoria de Imprensa da UNIMED
Foto: Divulgação
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