O deputado Dermilson comentou na Sessão Plenária dessa terça-feira (12/03) sobre as denúncias recebidas. / Foto: Márcio Gleyson |
Amazonas | Brasil
Embora a diretora da Maternidade Balbina Mestrinho, Rafaela Faria, tenha justificado ao deputado Dermilson Chagas (PP) que o falecimento da mãe e de seu filho recém-nascido
no último dia 16, foi “uma fatalidade”, funcionários da maternidade disseram que houve negligência no atendimento dos pacientes, e que o óbito poderia ter sido evitado. A denúncia por parte dos servidores da Saúde foi feita após o deputado visitar a maternidade na segunda-feira (11).
“O quadro da mãe evoluiu para deslocamento de placenta. É uma situação atemporal, mas precisa de urgência, e quando isso não ocorre, é muito provável que o quadro ocasione um óbito, e foi isso que aconteceu. Fizemos todos os procedimentos (...) O que ocorreu foi uma fatalidade”, justificou a diretora da Maternidade, Rafaela Faria, ao parlamentar, em sua primeira visita à unidade de saúde, logo após o falecimento dos pacientes.
No entanto, logo após nova visita realizada na manhã de ontem pelo deputado Dermilson e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Epitácio Almeida, funcionários procuraram o parlamentar para informar outra versão. “Todos os profissionais sabem que o que aconteceu foi negligência. A mãe estava sendo atendida na urgência, e não recebeu os cuidados que precisava. Veio a óbito por não ter feito cirurgia no tempo hábil”, desabafa um funcionário que não quis se identificar com medo de retaliação.
Outro servidor, que também preferiu manter o sigilo na identidade, explicou que por conta do surto de H1N1, “haviam bebês em isolamento nos três centros cirúrgicos. E foi por esse motivo que a mãe não conseguiu ser operada. Demorou muito tempo para desocuparem as salas. Quando conseguiram transferir dois bebês para outra maternidade, já era tarde”, desabafou o funcionário.
O deputado Dermilson comentou na Sessão Plenária dessa terça-feira (12/03) sobre as denúncias recebidas. “A diretoria da maternidade nos informou que a mãe havia tido um descolamento de placenta, e que esse quadro era grave e demandava cirurgia imediata. Mas, omitiram-nos a informação de que todos os centros cirúrgicos estavam ocupados, e por esse motivo, não fizeram a cirurgia em tempo hábil. Levando a óbito mãe e o feto. Só que a verdade um dia chega”, disse o parlamentar.
O deputado entrará com requerimento junto ao Ministério Público para que haja celeridade nas investigações. “Precisamos que a verdade seja descoberta o mais breve possível. Nesse momento, só a justiça tem o poder de amenizar o sofrimento daquele esposo e futuro pai”, ressaltou. "Como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Aleam, estarei acompanhando o andamento da investigação, até as respostas e ações concretas para a família", afirmou o parlamentar.
Texto: Assessoria do Deputado
Gabinete do Deputado Dermilson Chagas (PP)
Foto: Márcio Gleyson
Nenhum comentário:
Postar um comentário